Governamentalidade neoliberal, estratégias e seus efeitos: problematizações em torno dos biobancos de células-tronco
DOI:
https://doi.org/10.17267/2317-3394rpds.v9i1.2777Palavras-chave:
Células-tronco. Bioeconomia. Medicina Regenerativa. Governo. Neoliberalismo.Resumo
O artigo visa abordar uma análise, em formato de ensaio analítico a respeito das práticas de guarda de células-tronco. A chamada medicina personalizada e regenerativa emerge ligada ao capitalismo neoliberal e a uma modalidade de governo das condutas baseada na biomedicina e em uma política de gestão da vida focada no mercado neoliberal securitário. A saúde foi transformada em um comércio de células e sustentada nas táticas da bioeconomia, do biovalor e das biotecnologias, articuladas em um dispositivo de governamentalidade reguladora do ser saudável, a partir da compra e venda de materiais biomoleculares e genéticos. Concluindo, busca-se interrogar o modo de organizar e funcionar dos biobancos públicos e privados de células-tronco do cordão umbilical e os efeitos destes mecanismos biopolíticos.