Estresse e espiritualidade de mães de bebês prematuros
DOI:
https://doi.org/10.17267/2317-3394rpds.v8i3.2437Palavras-chave:
Estresse. Espiritualidade. Prematuridade. UTI- Neonatal.Resumo
Durante a hospitalização do bebê em Unidade de Terapia Intensiva – Neonatal (UTI-N), a mãe fica impedida de realizar os primeiros cuidados maternos, evento potencial gerador de estresse no período pós-parto. Atualmente a espiritualidade tem alcançado destaque na literatura devido aos seus resultados benéficos no enfrentamento do estresse. Objetivou-se compreender o significado da dimensão espiritual como mediador emocional de mães de bebês prematuros na UTI-N. Realizou-se um estudo transversal, descritivo, com análise quanti/quali, por meio de entrevistas com 12 mães de bebês hospitalizados. Foram utilizados: Questionário Sociodemográfico; Escala PSS: NICU, Escala de Avaliação da Espiritualidade e uma entrevista qualitativa. A idade média das mães foi de 29 anos, 42% concluíram o ensino médio, 75% trabalhavam fora, 42% católicas, 58% casadas e 50% com idade gestacional entre 28 e 32 semanas. Sobre o recém-nascido, 58% eram do sexo masculino, 42% pesaram ao nascer entre 1 kg a 1,300 kg, 50% encontravam-se entre 5 a 15 dias de internação, 58% grau de prematuridade moderada. Os resultados da Escala PSS: NICU indicaram alto nível de estresse na subescala Alteração de Papel de Mãe/Pai. A avaliação da Espiritualidade em Contextos de Saúde revelou que todas as mães apoiaram-se em suas crenças espirituais. Na análise qualitativa foram destacadas 7 categorias de significados: esperança e otimismo, busca de sentido, apoio espiritual, suporte social/religioso, gratidão, diálogo com o divino e crescimento pessoal. Embora a maioria das mães tenha vivenciado o estresse; todas verbalizaram apoio em sua crença espiritual, consequentemente, a espiritualidade contribuiu como fator para a redução do impacto causado pelo estresse.