A complexidade da Atenção Psicossocial na Atenção Primária à Saúde: experiências formativas
DOI:
https://doi.org/10.17267/2317-3394rpds.v8i1.2074Palavras-chave:
Atenção Primária à Saúde. Saúde Mental. Serviços de Saúde Mental. Assistência ao Paciente.Resumo
INTRODUÇÃO: Este artigo relata uma experiência de estágio supervisionado desenvolvido no âmbito da graduação em Psicologia em uma universidade pública do interior da Bahia. OBJETIVOS: Esta experiência objetivou que os estagiários vivenciassem a complexidade da Atenção Psicossocial a partir de uma imersão real e efetiva na Atenção Primária à Saúde. MÉTODO: Os estagiários viviam durante um semestre a lógica de uma atuação interprofissional, compondo projetos de intervenção para atuar em Unidades de Saúde da Família, mas também fazendo interface com outros níveis de densidade tecnológica do Sistema Único de Saúde e com outras políticas setoriais, tais como a Assistência Social e a Educação. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Este estágio, vivido principalmente através de atividades em grupo, atividades de sala de espera, atendimentos individuais, visitas domiciliares e interconsultas, convocou os discentes a lidarem com situações bastante desafiadoras para a Psicologia: compreender os determinantes sociais envolvidos nos processos de saúde-doença; a necessidade do trabalho multi/interprofissional efetivo, a articulação com a Rede de Atenção à Saúde/Psicossocial, entre outros aspectos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A inserção da Psicologia na Atenção Primária à Saúde deve se pautar na capacidade de ler o contexto das necessidades sociais e de saúde da população para pensar o tipo de cuidado que esta necessita. Faz-se necessário que a Psicologia e seus profissionais ultrapassem as barreiras de uma identidade profissional arraigada no saber biomédico e encontre uma prática e um comprometimento ético-político que cuide do usuário de forma integral e humanizada.