A intervenção fisioterapêutica na reabilitação pós cirurgia de redesignação de sexo masculino para feminino: relato de caso
DOI:
https://doi.org/10.17267/2238-2704rpf.v10i2.2854Palavras-chave:
Disforia de gênero. Cirurgia de redesignação sexual. Reabilitação. Fisioterapia. Neovagina.Resumo
DESCRIÇÃO DO CASO: Este relato de caso de uma mulher transexual, 48 anos de idade, com 15 anos de pós cirurgia de redesignação sexual (CRS) sem queixas. Durante a avaliação inicial foram coletados os dados sociodemográficos, avaliação da dor através da escala visual analógica visual (EVA), a qualidade de vida pelo SF-36, a função sexual pelo QS-F. Foi realizada a avaliação do assoalho pélvico (AP) inspeção, palpação e força seguindo o esquema PERFECT. Após a avaliação foram identificadas estenose vaginal, falta de consciência perineal, fraqueza dos músculos do assoalho pélvico e a relatou dor durante a relação sexual. INTERVENÇÃO: Foi sugerido um programa de exercícios através dos dilatadores vaginais, terapia comportamental, treino dos músculos do AP. O programa tinha por objetivo 10 sessões com 40 minutos de duração cada, duas vezes na semana. Ao final do programa foram coletadas a EVA, SF-36 e a avaliação do AP seguindo o esquema PERFECT. Entretanto, o QS-F não foi aplicado ao final do programa proposto devido a inatividade sexual da paciente por 3 meses, inclusive durante o tempo do programa. RESULTADOS: Após a avalição final a paciente apresentou melhora da consciência perineal, penetração via vaginal sem desconforto, entretanto, não houve melhora da força dos músculos do AP. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A CRS promove alteração anatômica, podendo ocasionar disfunções urogenitais e/ou sexuais. Neste estudo, a fisioterapia promoveu melhora da conscientização perineal e da estenose vaginal. Com tudo, são necessários mais estudos sobre a fisioterapia nesta população, garantindo assistência e acompanhamento de forma adequada durante este processo, reduzindo suas possíveis complicações tardias.