Programas de exercícios domiciliares para incapacidades da atividade de caminhar causadas por distúrbios neurológicos: Revisão sistemática com metanálise

Autores

  • Ana Mary Lima Libório Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública http://orcid.org/0000-0002-7591-7943
  • Genildes de Oliveira Santana
  • Maira Carvalho Macêdo
  • Mansueto Gomes Neto
  • Abrahão Fontes Baptista
  • Katia Nunes Sá

DOI:

https://doi.org/10.17267/2238-2704rpf.v9i4.2165

Palavras-chave:

Terapia por Exercício. Disfunção Neurológica. Caminhar. Maneira de andar.

Resumo

INTRODUÇÃO: Na medida em que a expectativa de vida aumenta, também são necessárias soluções para melhorar a independência funcional em condições cronicamente alteradas, comuns nas disfunções neurológicas. OBJETIVO: Avaliar o efeito de programas de exercícios domiciliares (PED) sobre prejuízos na atividade de caminhar devido a acidente vascular cerebral (AVC), doença de Parkinson (DP), esclerose múltipla (EM) e mielopatia associada ao HTLV-1 ou paraparesia espástica tropical (HAM/TSP). MÉTODOS: As fontes de dados incluíram PubMed, SciELO, Pedro e Cochrane Library e artigos disponíveis em inglês, português, espanhol, alemão ou francês. Nenhuma restrição de tempo foi aplicada e a seleção foi feita por dois pesquisadores independentes em três etapas. Ensaios clínicos com intervenções dos programas PED para adultos com dificuldades de marcha ou equilíbrio decorrentes das condições neurológicas acima foram incluídos. As variáveis foram velocidade ou distância da marcha, força, equilíbrio, mobilidade, funcionalidade e independência funcional. A qualidade metodológica foi avaliada com a escala PEDro, e uma estratégia PICOS orientou extração de dados. Diferenças das médias ponderadas (DMP), intervalos de confiança de 95% (IC) e heterogeneidade foram avaliadas pelo teste I2 com o programa RevMan 5.3. A GRADE foi aplicada na avaliação da qualidade da evidência. RESULTADOS: O PED foi eficaz na melhora do equilíbrio (DMP 2,8; IC 1,5; 4,1) e da capacidade cardiorrespiratória (DMP 29,3m; IC 8,3; 50,2) para pessoas com AVC. Para pessoas com EM, o PED levou a uma melhora no perfil fisiológico (DMP -1,3; IC -0,5; 2,0) e mobilidade (DMP -3,3; IC -5,1; -1,4). CONCLUSÕES: O PED é eficaz na melhora da atividade de caminhada, desempenho e mobilidade funcional das deficiências neurológicas. Sugerimos a aplicação do PED na saúde pública e o uso de escalas funcionais para comparar a mesma incapacidade em diferentes distúrbios neurológicos.

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Publicado

29.11.2019

Edição

Seção

Revisões de Literatura

Como Citar

Programas de exercícios domiciliares para incapacidades da atividade de caminhar causadas por distúrbios neurológicos: Revisão sistemática com metanálise. (2019). Revista Pesquisa Em Fisioterapia, 9(4), 539-555. https://doi.org/10.17267/2238-2704rpf.v9i4.2165

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