Internações hospitalares por acidentes relacionadas ao trabalho notificadas na Bahia
DOI:
https://doi.org/10.17267/2238-2704rpf.v8i2.1903Palavras-chave:
Acidentes de trabalho. Hospitalização. Trabalhadores.Resumo
INTRODUÇÃO: Os acidentes e as doenças relacionadas ao trabalho são evitáveis na maioria das vezes e compreendidos como fatos imprevistos e não propositais causadores de lesões e traumas com diferentes magnitudes e repercussões para o trabalhador. OBJETIVO: Descrever as características das internações hospitalares por acidentes relacionadas ao trabalho na Bahia. MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo quantitativo, descritivo e de vigilância baseado nas notificações de internações hospitalares por acidentes de trabalho na Bahia, no período de 2014. Foram utilizados dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), com base no Sistema de Informação Hospitalar (SIH). As variáveis foram às características sócio-demográficas, listas das causas (Classificação Internacional de Doença – CID 10) da internação, tempo de permanência e óbitos. RESULTADOS: Verificou-se no estudo que os homens tiveram a maior frequência de internações relacionadas a acidentes de trabalho com 67,5%. Iniciativas de vigilância são necessárias devido ao perfil de internação, o qual destacou trabalhadores em faixa etária produtiva no mercado de trabalho entre 18 a 35 anos e adultos entre 36 a 59 anos, os quais apresentaram ambos, índices equivalentes a 39,6% cada. Foi observado que o perfil predominante foi devido a trauma na cabeça (30,9%). As notificações apontam a média de permanência entre 1 a 7 dias (93,8%). Do total de 1097 internados, 1,1% foram a óbito no ano de 2014. CONCLUSÕES: Apesar das subnotificações, os achados revelaram um expressivo número de internações hospitalares por acidentes de trabalho graves comparado aos acidentes de trabalho fatais.