Percepção das pessoas Trans acerca do acesso ao mercado de trabalho

Autores

DOI:

https://doi.org/10.17267/2317-3394rpds.2022.e3946

Palavras-chave:

Pessoas Transgênero, Percepção, Mercado de trabalho, Qualidade de vida

Resumo

INTRODUÇÃO: A transexualidade define-se como a não identificação com o gênero socialmente atribuído no nascimento. Diante do exposto, travestis e transexuais são pessoas que ultrapassam as fronteiras do gênero e produzem uma desestruturação binária e polarizada de gênero que contesta o modo de vida heterossexual e cisgênero, assim refletindo diretamente em vários aspectos de suas vidas, principalmente no que tange ao acesso ao mercado de trabalho formal. OBJETIVO: Explorar a percepção de pessoas transexuais acerca das dificuldades de acesso ao mercado de trabalho formal. MATERIAIS E MÉTODOS: A pesquisa foi realizada com pessoas transgênero, das cidades do norte de Minas Gerais (MG) e que tenham tido experiência no mercado de trabalho. O material empírico foi produzido a partir de entrevistas com as/os participantes através do critério de saturação e aplicação do questionário WHOQOL-Bref, tendo os dados sido interpretados com base na análise do discurso de Pêcheux.  RESULTADOS E DISCUSSÃO: Observou-se que a percepção das pessoas trans acerca do acesso ao mercado de trabalho é fortemente influenciada pelos papéis de gênero com que se identificam, atrelada a uma dificuldade de acesso ao ensino, com reflexos na qualidade de vida dessas pessoas, oriundos de atitudes de preconceito. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A transgeneridade é um tema importante que abarca as questões de gênero e de sexualidade. O desenvolvimento de pesquisas científicas voltadas para a população LGBTQIA+ se faz mais que necessário, uma vez que a sociedade cis e heteronormativa sistematicamente precariza e invisibiliza essas vivências.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Adelman, M., Ajaime, E., Lopes, S. B., & Savrasoff, T. (2003). Travestis e transexuais e os outros: identidade e experiências de vida [Travestis y transexuales y los otros: identidad y experiencias vitales]. UFF, 4(1), 119-41. https://periodicos.uff.br/revistagenero/article/view/31023/0

Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais. (2010). Manual de comunicação LGBT [Manual de comunicación LGBT]. https://www.academia.edu/6273564/Manual_de_Comunica%C3%A7%C3%A3o_LGBT

Bortoni, L. (2017). Expectativa de vida de transexuais é de 35 anos, metade da média nacional [La esperanza de vida de los transexuales es de 35 años, la mitad de la media nacional]. Senado Federal. https://www12.senado.leg.br/noticias/especiais/especial-cidadania/expectativa-de-vida-de-transexuais-e-de-35-anos-metade-da-media-nacional/expectativa-de-vida-de-transexuais-e-de-35-anos-metade-da-media-nacional

Butler, J. (2003). Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade [Cuestiones de género: el feminismo y la subversión de la identidad]. Civilização Brasileira. (Documento publicado originalmente em 1990)

Caregnato, R. C. A., & Mutti, R. (2006). Pesquisa qualitativa: análise de discurso versus análise de conteúdo [Investigación cualitativa: análisis del discurso frente a análisis del contenido]. Texto & Contexto-Enfermagem, 15(4), 679-84. https://doi.org/10.1590/S0104-07072006000400017

Carpilovsky, A. (2020, 04 de fevereiro). Passabilidade: a aparência também como barreira para trans no trabalho [Pasabilidad: la apariencia también como barrera para los trans en el trabajo]. Projeto Colabora. https://projetocolabora.com.br/ods5/passabilidade-a-aparencia-tambem-como-barreira-para-trans-no-mercado-trabalho

Cayres, R. M. V., Silva, L. C., & Silva, D. I. (2020). Cocriação para a dignidade e empregabilidade das mulheres transexuais: a experiência do projeto Transcuidadorxs [Co-creación para la dignidad y la empleabilidad de las mujeres transexuales: la experiencia del proyecto Transcuidadorxs]. Periódico Eletrônico Fórum Ambiental da Alta Paulista, 16(2). https://doi.org/10.17271/1980082716220202328

Cruz, L. E. M. P., Barreto, M. L. S., & Dazzani, M. V. M. (2020). Do gênero aos papéis sociais: a construção da identidade da pessoa transexual [Del género a los roles sociales: la construcción de la identidad transexual]. Interfaces Científicas-Educação, 8(2), 299-314. https://doi.org/10.17564/2316-3828.2020v8n2p299-314

Fleck, M., Louzada, S., Xavier, M., Chachamovich, E., Vieira, G., Santos, L., & Pinzon, V. (2000). Aplicação da versão em português do instrumento abreviado de avaliação da qualidade de vida "WHOQOL-bref" [Aplicación de la versión portuguesa del instrumento abreviado de evaluación de la calidad de vida "WHOQOL-bref"]. Revista de saúde pública, 34(2), 178-83. https://doi.org/10.1590/S0034-89102000000200012

Foucault, M. (1984). História da sexualidade II, o uso dos prazeres [Historia de la sexualidad II, el uso de los placeres]. Graal.

Foucault, M. (1999). Vigiar e punir: nascimento da prisão [Vigilancia y castigo: nacimiento de la prisión]. Vozes. (Documento publicado originalmente em 1975)

Gomes, F. S. (2007). Discursos contemporâneos sobre Montes Claros: (re)estruturação urbana e novas articulações urbano-regionais [Discursos contemporáneos sobre Montes Claros: (re)estructuración urbana y nuevas articulaciones urbano-regionales] [Dissertação de mestrado, Universidade Federal de Minas Gerais]. Repositório Institucional da UFMG. https://repositorio.ufmg.br/handle/1843/RAAO-7BMQ8A

Jesus, J. G. (2012). Orientações sobre identidade de gênero: conceitos e termos. Guia técnico sobre pessoas transexuais, travestis e demais transgêneros, para formadores de opinião [Guía técnica sobre transexuales, travestis y otras personas transgénero, para creadores de opinión] (2a. ed.). http://www.diversidadesexual.com.br/wp-content/uploads/2013/04/G%C3%8ANERO-CONCEITOS-E-TERMOS.pdf

Junqueira, R. D. (2015). A Pedagogia do Armário: heterossexismo e vigilância de gênero no cotidiano escolar [La pedagogía del armario: heterosexismo y vigilancia de género en la vida escolar cotidiana]. Revista Educação On-line PUC, 10, 64-83. https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/20040/20040.PDF

Kaffer, K. K., Ramos, F. G., Alves, A. L., & Tonon, L. (2016). A transexualidade e o mercado formal de trabalho: principais dificuldades para a inserção profissional [La transexualidad y el mercado laboral formal: principales dificultades para la inserción profesional]. In Anais do Congresso Brasileiro de Estudos Organizacionais. https://anaiscbeo.emnuvens.com.br/cbeo/article/view/52

Maria, V. A. (2020). A realidade e os desafios para a inserção de transgêneros, transexuais e travestis no mercado de trabalho a realidade e os desafios para a inserção de transgêneros, transexuais e travestis no mercado de trabalho [La realidad y los retos para la inserción de transgéneros, transexuales y travestis en el mercado laboral La realidad y los retos para la inserción de transgéneros, transexuales y travestis en el mercado laboral]. Revista Conteúdo Jurídico. https://www.conteudojuridico.com.br/consulta/Monografias-TCC-Teses/54865/a-realidade-e-os-desafios-para-a-insero-de-transgneros-transexuais-e-travestis-no-mercado-de-trabalho

Ministério da Saúde. (1986). Primeira Conferência Internacional sobre promoção da saúde [Primera Conferencia Internacional sobre Promoción de la Salud]. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/carta_ottawa.pdf

Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. (1948). Declaração universal dos direitos humanos [Declaración Universal de los Derechos Humanos]. https://ead.stf.jus.br/cursos/controleconstitucionalidade/files/aula3/declaracao_universal_direitos_humanos.pdf

Pedra, C. B., Souza, E. C., Rodrigues, R. V. A., & Silva, T. S. A. (2018). Políticas Públicas para Inserção Social de Travestis e Transexuais: Uma Análise do Programa “Transcidadania” [Políticas públicas de inserción social de travestis y transexuales: Un análisis del programa de "transciudadanía"]. Revista de Ciências do Estado, 3(1). https://doi.org/10.35699/2525-8036.2018.5091

Reis, A. F. (2019). O processo de construção da identidade de gênero e transexualidade: narrativas, trânsitos e diferenças [El proceso de construcción de la identidad de género y la transexualidad: narrativas, tránsitos y diferencias]. Interfaces da educação, 10(28), 93-116. https://doi.org/10.26514/inter.v10i28.2960

Schmidt, B., Palazzi, A., & Piccinini, C. A. (2020). Entrevistas online: potencialidades e desafios para coleta de dados no contexto da pandemia de Covid-19 [Entrevistas en línea: potencialidades y desafíos para la recopilación de datos en el contexto de la pandemia de Covid-19]. Revista Família, Ciclos de Vida e Saúde no Contexto Social, 8(4), 960-66. https://doi.org/10.18554/refacs.v8i4.4877

Silva, G. (2020, 06 de outubro). Qual o significado da sigla LGBTQIA+? [¿Cuál es el significado de la sigla LGBTQIA+?]. https://www.educamaisbrasil.com.br/educacao/dicas/qual-o-significado-da-sigla-lgbtqia

Silva, R. G. L. B., Bezerra, W. C., & Queiroz, S. B. (2015). Os impactos das identidades transgênero na sociabilidade de travestis e mulheres transexuais [Los impactos de las identidades transgénero en la sociabilidad de los travestis y las mujeres transexuales]. Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo, 26(3), 364-72. https://doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v26i3p364-372

Sousa, V., & Arcoverde, L. (2019, 17 de maio). Brasil registra uma morte por homofobia a cada 23 horas, aponta entidade LGBT [Brasil registra una muerte por homofobia cada 23 horas, señala la entidad LGBT]. https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2019/05/17/brasil-registra-uma-morte-por-homofobia-a-cada-23-horas-aponta-entidade-lgbt.ghtml

Publicado

05.01.2022

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Percepção das pessoas Trans acerca do acesso ao mercado de trabalho . (2022). Revista Psicologia, Diversidade E Saúde, 11, e3946. https://doi.org/10.17267/2317-3394rpds.2022.e3946

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 > >>