PERCEPÇÕES DAS GESTANTES E PUÉRPERAS PRESIDIÁRIAS ACERCA DO CONTEXTO CARCERÁRIO

Autores

  • Tânia Christiane Ferreira Bispo Enfermeira, doutora e Pós-doutora, em Saúde Coletiva pelo Instituto de Saúde Coletiva da UFBA- ISC/UFBA, Mestre em Enfermagem na Atenção à saúde da Mulher, Especialista em Enfermagem Obstétrica. Professora da UNEB. Salvador, Bahia, Brasil. Coordenadora do projeto de pesquisa: Ser mulher, estar grávdia e presidiária: difíceis caminhos e do NUPESV Professora da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública.
  • Fabiane Nascimento Nunes Enfermeira pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública
  • Letícia Tannus Rebouças Graduanda de Enfermagem na Universidade Federal da Bahia http://orcid.org/0000-0002-5928-0540
  • Sara Moreira dos Santos Graduanda de Enfermagem na Universidade Estadual da Bahia
  • Renata Adreanne Lyra Alves Sacramento Enfermeira pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública

DOI:

https://doi.org/10.17267/2317-3378rec.v5i1.835

Palavras-chave:

Prisões, Gestantes, Percepção

Resumo

O crescimento nacional da população carcerária feminina e ausência de políticas públicas efetivas a esta demanda tem suscitado questionamentos de gestores, educadores e profissionais sobre as ações de saúde prestadas no sistema penitenciário. Foi realizada uma pesquisa qualitativa, descritiva e exploratória, com o objetivo de analisar a percepção de gestantes e puérperas presidiárias sobre o contexto carcerário. O cenário do estudo foi um Complexo Penitenciário feminino da cidade de Salvador/ BA, os sujeitos foram 06 mulheres presidiárias. Para coleta dos dados, após aprovação plena pelo Comitê de Ética em Pesquisa, realizaram-se oficinas e entrevistas semiestruturadas. Utilizou-se a análise temática de Bardin que é composta por: a) pré análise; b) exploração do material e o tratamento dos resultados; c) inferência e interpretação. E foram elencadas as seguintes categorias: Déficit do conhecimento dos cuidados durante a gestação e puerpério; Desfavorecimento do ambiente para a gestação a partir dos aspectos estruturais; Sentimentos com relação à separação de seus filhos. Os dados evidenciaram que as ações de saúde prestadas às gestantes e puérperas presidiárias são deficitárias, principalmente no que tange ao acompanhamento do ciclo gravídico puerperal e ao suporte da separação do binômio. Em relação ao ambiente, os aspectos estruturais não favorecem para o bem-estar dessas mulheres. Desta forma, entende-se que é necessária uma reestruturação da assistência à saúde da gestante ou puérpera em situação de detenção de modo a contribuir para o fortalecimento da melhoria da qualidade da assistência à mulher presidiária, tendo em vista as práticas e condutas humanísticas, em consonância com os programas e políticas públicas do Ministério da Saúde.

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Publicado

26.08.2016

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

PERCEPÇÕES DAS GESTANTES E PUÉRPERAS PRESIDIÁRIAS ACERCA DO CONTEXTO CARCERÁRIO. (2016). Revista Enfermagem Contemporânea, 5(1). https://doi.org/10.17267/2317-3378rec.v5i1.835

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